Olá, corujas!
A resenha de hoje é especial, primeiro porque eu também fiz um vídeo comentando o livro e é o meu primeiro vídeo sozinha haha, segundo porque esse livro é meio que um clássico (que depois de ler eu me pergunto por qual motivo...) e eu já estava há um bom tempo com vontade de lê-lo. Vamos à resenha.
Autor: Charles Bukowski
Número de Páginas: 320
Editora: L&P Pocket
Estrelas: ★★★
Sinopse: “Eu tinha cinquenta anos e há quatro não ia pra cama com nenhuma mulher.” Este é Henry Chinaski, Hank, escritor, alcoólatra, amante de música clássica, alter ego de Charles Bukowski e protagonista de Mulheres. Mas este não é um livro convencional – nem poderia ser, em se tratando de Bukowski – no qual um homem está à procura de seu verdadeiro amor. Após um período de jejum sexual, sem desejar mulher alguma, Hank conhece Lydia – e April, Lilly, Dee Dee, Mindy, Hilda, Cassie, Sara, Valerie, não importa o nome que ela tenha. Hank entra na vida dessas mulheres, bagunça suas almas, rompe corações, as enlouquece, as faz sofrer. E no fim elas ainda o consideram um bom sujeito. Publicado em 1978, Mulheres, o terceiro romance de Bukowski, é a essência de sua literatura: com o velho Chinaski, ele sintetiza a alma de todos aqueles que se sentem à margem. Escrevendo em prosa, Bukowski poetisa a dureza da vida e nos dá uma pista: “ficção é a vida melhorada”.
Um bom decote faz milagres.
Henry Chinaski é um escritor alcoólatra de 50 anos - e há 4 ele não ia pra cama com nenhuma mulher, coisa que ele deixa bem clara na primeira frase do livro. Henry escreve livros de poesia sobre mulheres e sobrevive de leituras que são feitas em universidades, clubes e livrarias. O fato de os poemas serem sobre mulheres parece fazer com que todas elas caiam aos pés dele. As leitoras parecem amá-lo, os homens o admiram. Chinaski já teve dois relacionamentos e de um desses relacionamento nasceu uma menina, com a qual ele não tem nenhum contato. Devido ao fim infeliz de ambos os relacionamentos, Henry Chinaski parece ter desistido completamente de qualquer relação séria. Ele se dedica agora apenas a conhecer as mulheres da forma mais íntima possível, levando-as para cama, com o único objetivo de estuda-las, compreendê-las e transformá-las em poesia... pelo menos é o que ele gosta de dizer para si mesmo...
As pessoas são interessantes no início. Aos poucos, porém, todos os defeitos e loucuradas botam as manguinhas de fora, é inevitável. Começo a significar cada vez menos para as pessoas, e elas para mim.
Não tenho muito o que contar da história porque ela se resume a perversão do protagonista. O Henry é um cara solitário - ele odeia muitas pessoas - que bebe demais e transa demais. Além do vício em bebida, Chinaski tem uma fixação pelas corridas de cavalo. Pelo modo como as coisas transcorrem no livro, o jeito como Chinaski vive, na imundície e sempre bêbado, eu acreditei que ele fosse um poeta fracassado, mas, incrivelmente, não.
As relações humanas são estranhas. Quer dizer, você passa um tempo com uma pessoa, comendo, dormindo, vivendo e amando, conversando com ela, indo aos lugares – e, um dia, tudo acaba.
Eu achei o livro grotesco, essa é a verdade, o uso de certas palavras torna o livro comicamente ridículo. No livro todo Henry conhece mulheres com o único intuito de transar. A parte surreal é que todas as mulheres transam com ele (elas tem entre 20 e 35 anos e ele CINQUENTA). Ele faz o convite depois de meia dúzia de perguntas e elas simplesmente aceitam. Claro, são mulheres sem muita classe, e isso pode ser afirmado até mesmo pelo lugar onde ele mora, numa região pobre de Hollywood, Los Angeles. Hank, como Chinaski parece ser apelidado, só vive bêbado. Álcool é como ar para ele, se não tiver ele não consegue viver. Henry recebe sempre muitas cartas, na maioria das vezes de mulheres. O engraçado é que elas estão sempre muito dispostas a pegar um avião e se hospedarem na casa do escritor. As cenas de sexo do livro são descritas de maneira crua e... grotesca.
De onde vinham todas as mulheres? A fonte era inesgotável. Cada uma delas era única, diferente.
O final do livro conta com uma pequena biografia do autor. O que eu consegui concluir com isso? Que o livro é na verdade uma autobiografia e nela o autor acrescentou uma coisa que ele provavelmente gostaria de ter: muitas mulheres. Durante todo o livro o personagem fica naquela mesma coisa: conhece uma mulher, passa um tempo dormindo com ela, larga, conhece outra, ficam por uma única vez, nunca mais se veem, conhece outra mulher... assim vai. Você espera uma mudança do personagem no final, mas Bukowski deixa ela a cargo da sua imaginação.
O livro trata intensamente de sexo, prostituição, alcoolismo e drogas. Segundo a biografia, esse é um traço marcante do autor. A leitura não me agradou, a escrita do autor não faz o meu estilo. Acabou de me ocorrer que Bukowski escreve do jeito que eu imagino a escrita do Marques de Sade. Entretanto, me aventurarei por mais livros dele em breve.
Também vou fazer um post aqui com as quotes do livro porque tem umas bem legais. Confiram o vídeo:
3 comentários
Eu detesto literaruta erótica e não leio nem sob tortura rs, mas todo mundo fala de Bukowski como se fosse o rei da escrita que às vezes penso que deveria ler.
ResponderExcluirObrigada pela sua resenha, vou continuar fugindo rs.
http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2016/09/promocao-eu-leio-nacional.html
Não, definitivamente, ele não é tudo isso kkkkkkkkk Me decepcionei bastante. E quanto rancor com a literatura erótica kkkkkkkk Eu já li muitos livros bons mas se vc não gosta, não leia, pq é horrível ler aquilo que a gente não gosta.
ExcluirPessoas que ainda falam mal do BUKOWSKI são pessoas amargas e mal resolvidas. Como não achar bom ou serem indiferentes à sua extensa obra? Todos cambadas de cegos ignorantes. O Velho Safado é um ícone da Juventude Sem Idade. Grande Buk.
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