Resenha: O Último Adeus, de Cynthia Hand
Olá, corujas!
Quando esse livro lançou vi muitas pessoas comentando sobre e fiquei louca para ler. Quando eu finalmente comprei ele, o livro acabou ficando três meses encalhado na minha estante. Até que um dia eu, cansada dos livros que estava lendo, comecei a procurar uma leitura mais profunda. Olhei para o livro, ele olhou para mim e só foi haha
Nome: O Último Adeus
Autora: Cynthia Hand
Número de Páginas: 344
Editora: DarkSide Books
Estrelas: ★★★★
Sinopse: Depois de sucessos internacionais como a saga Sobrenatural, Cynthia Hand demonstra todo o seu talento numa história sobre perda, culpa e superação. O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz. O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante. O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes.
Lexie é uma garota brilhante, gênia da matemática e com um futuro promissor. Mas todos os seus planos para o futuro são duramente abalados quando seu irmão mais novo, Ty, se suicida na garagem da casa deles. Os pais deles haviam se separado alguns anos antes e isso teve um impacto terrível sobre toda a família. Lexie e o irmão nunca conseguiram perdoar o pai por tê-los trocado por sua secretária. A vida é difícil para todo mundo, todos tem seus problemas, Lexie sabe disso e é por isso que ela não consegue entender o motivo pelo qual seu irmão preferiu o suicídio. Enquanto ela tenta juntar os pedaços que sobraram dela mesma, Lexie busca desesperadamente explicações para o suicídio do irmão.Desculpe, mãe, mas eu estava muito vazio.
Eu estava me sentindo vazia. Foi por isso que eu comecei a ler esse livro. Precisava de um livro que me fizesse parar, refletir e sentir. Comecei a ler esperando por alguma coisa no estilo Por Lugares Incríveis. E... bem, acho que ninguém conseguirá superar a Jennifer Niven, Por Lugares Incríveis é fantástico. No entanto, O Último Adeus cumpriu sua tarefa, o livro emocionou e fez refletir.
Me identifiquei muito com a Lexie porque além de gostar de ler, ela ama matemática e eu faço faculdade de matemática, então durante todo o livro temos referências nerds e ela usa muito uma coisa que eu adoro, a sequência Fibonacci, acho fascinante. A personagem é super inteligente, tem uma vida, um namorado nerd igual a ela e eles se amam. Só que... quando o irmão dela se mata ela meio que para de viver, sabe? Termina o namoro (tudo bem que no final vemos um motivo. Mas não me convenceu...), se afasta dos amigos e vive deprimida, triste. Talvez seja uma coisa minha, talvez eu seja a insensível, mas eu achei que ela sofreu demais. Muito mesmo. De um jeito que depois de um tempo eu já estava de saco cheio. Certo, perder um irmão não deve ser fácil. Saber que ele mesmo se matou, que ele quis morrer e te deixar, deve ser ainda pior. Mesmo assim... Pra mim foi demais. Agradeci imensamente quando ela conseguiu tirar pelo menos um dedinho do poço de tristeza em que vivia.
Logo no começo a Lexie começa a sentir e até ver o irmão, como se ele tivesse uma missão para ela. Nessa parte ela começa um tipo de busca e cada descoberta vem com uma lembrança boa que ela tinha do irmão. Desse modo, o leitor acompanha o crescimento da protagonista até que ela consegue se libertar do peso da dor e da culpa. As últimas páginas, quando ela consegue finalmente compreender tudo, foram belíssimas, de uma sensibilidade tocante.
Eles não entendem. Que estão esperando por aquele telefonema que mudará tudo. Que cada um vai acabar se sentindo como eu. Porque alguém que eles amam vai morrer. É uma das certezas mais cruéis da vida.Acabamos não descobrindo porque exatamente o Ty se matou, nada além do "Desculpe, mãe, mas eu estava muito vazio." e no final o livro acaba não sendo um porque mas um como. Não se trata do porque o irmão dela se matou, mas de como ela vai viver depois disso, o que ela vai fazer com isso. Achei muito legal, foi bem melhor assim, o livro não ser sobre quem partiu e sim sobre como quem fica vai viver.
Logo no começo a Lexie começa a sentir e até ver o irmão, como se ele tivesse uma missão para ela. Nessa parte ela começa um tipo de busca e cada descoberta vem com uma lembrança boa que ela tinha do irmão. Desse modo, o leitor acompanha o crescimento da protagonista até que ela consegue se libertar do peso da dor e da culpa. As últimas páginas, quando ela consegue finalmente compreender tudo, foram belíssimas, de uma sensibilidade tocante.
As pessoas seguem sua vida.Ao ler Por Lugares Incríveis eu refleti muito sobre os motivos que levam alguém a escolher esse caminho e em O Último Adeus eu pensei muito sobre o estigma que recai sobre quem fica. A pessoa fica marcada para sempre, todo mundo passa a ver ela como o parente do suicida. Alguns veem o suicídio como uma doença. Existe um preconceito e uma incompreensão muito grandes, e eu realmente não consigo entender por quê. Quando uma pessoa escolhe se suicidar ela está pondo fim a sua vida e fazendo o mesmo em muitos sentidos com quem fica, de um jeito bem pior.
Ainda que não consigamos seguir com a nossa.
Então, às 19h49, quando minha mãe estava se preparando para sair do turno de 12 horas, ele foi para a garagem.
Carregou a arma. Tirou a trava de segurança.
Ligou para o 911.
Puxou o gatilho.
Sobre a edição: toda maravilhosa. Capa maravilhosa, contra capa maravilhosa, a letra é azul, como se tivessem escrito a caneta mesmo. Minha única ressalva é quanto a erros. Nossa! Tem muitos erros de digitação, fiquei até incomodada.
Agora, por último. Se você gosta de ler ouvindo música, como eu. A DarkSide Books disponibilizou no Spotify uma playlist com as músicas que tem no livro e umas outras. Deixei ela aqui embaixo para vocês, mas se quiserem procurar é só digitar o nome do livro mesmo.
Agora, por último. Se você gosta de ler ouvindo música, como eu. A DarkSide Books disponibilizou no Spotify uma playlist com as músicas que tem no livro e umas outras. Deixei ela aqui embaixo para vocês, mas se quiserem procurar é só digitar o nome do livro mesmo.
A partir da página 329, que é o desfecho do livro (quando começaram a cair ciscos nos meus olhos haha), eu escutei umas músicas que fizeram uma trilha sonora perfeita. São Secrets, Marchin' On e Waking Up. Depois que você tiver terminado o livro ouça Good Life para curar a tristeza e dar o sentimento de seguindo-em-frente. 😉 Todas as músicas são do álbum Waking Up, do OneRepublic.
É um baita clichê, a ideia de que 'o tempo cura todas as feridas', mas é verdade. Os clichês são clichês por algum motivo, acho.
Super indico o livro. Leiam com a trilha sonora e depois comentem aqui o que vocês acharam. Pra quem não conhece o OneRepublic, eu considero eles uma espécie de Coldplay 💕.
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