Resenha: Desventuras Em Série - A Cidade Sinistra Dos Corvos, de Lemony Snicket

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Olá, corujas!

Aqui vamos nós para a segunda metade da série de desventuras dos nossos queridos órfãos. Em Cidade Sinistra dos Corvos o conde Olaf tem uma nova aliada e prova que nem mesmo uma cidade inteira pode impedi-lo de alcançar seu objetivo: pôr as mãos nos Baudelaire.

Resultado de imagem para resenha cidade sinistra dos corvosNome: Desventuras Em Série - A Cidade Sinistra Dos Corvos (#7)
Autor: lemony Snicket
Número de Páginas: 232
Editora: Seguinte
Estrelas: 
Sinopse: Os irmãos Baudelaire não conseguem acreditar no que lêem na primeira página do jornal. Uma reportagem informa que o pérfido Conde Olaf raptou não apenas os irmãos Duncan e Isadora Quagmire, mas também Esmé Squalor. O texto não poderia ser mais enganoso: Esmé tinha sido tutora das crianças recentemente, e os Baudelaire sabem muito bem que o Conde Olaf nunca a sequestraria. Olaf e Esmé são na verdade aliados num plano maligno para se apropriar da fortuna das três crianças. Violet, catorze anos, é a mais velha dos irmãos Baudelaire, os órfãos mais desafortunados do mundo. Klaus, o irmão do meio, tem treze anos e já leu mais livros do que qualquer criança de sua idade. Sunny, a mais nova, é um bebê pouco maior do que uma melancia. Assim como os irmãos Duncan e Isadora, as crianças Baudelaire perderam os pais num incêndio, e a amizade com os Quagmire era praticamente o único acontecimento feliz que havia acontecido nas suas vidas desde que ficaram órfãos. Nessa nova desventura eles terão de se haver com mais uma providência desastrada do sr. Poe, um executivo de banco que tinha sido o primeiro tutor dos Baudelaire e ainda cuidava da fortuna dos irmãos. O sr. Poe decide inscrevê-los num programa de adoção de menores, em que toda uma cidade se responsabiliza por crianças que tenham perdido os pais. O programa tem um slogan amedrontador: "É preciso uma cidade para educar uma criança". Violet, Klaus e Sunny são mandados para a apavorante cidade de C.S.C. e assim tem início mais um lamentável episódio da tenebrosa existência dos Baudelaire.

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Os Baudelaire já tem uma reputação de atraírem terríveis acontecimentos e isso é um problema na hora de achar um novo tutor. A única solução que o Sr. Poe consegue encontrar é um novo programa da Prefeitura baseada no aforismo "É preciso uma cidade para educar uma criança", no qual os habitantes das cidades se unem para criar as crianças em conjunto. Como várias cidadezinhas se inscreveram, o Sr. Poe permite que as crianças escolham o lugar que elas querem viver. Enquanto conferem a lista de cidades no folheto, Sunny, Klaus e Violet se deparam com as iniciais C.S.C. e não resta dúvida, é para lá que eles vão. Depois de tanto tempo fugindo do Conde Olaf, pela primeira vez os Baudelaire vão atrás dele.

Ao chegar a C.S.C. as crianças são surpreendidas pela quantidade de corvos, os pássaros parecem cobrir cada centímetro de cada objeto da cidade. Depois de atravessar as ruas cobertas por corvos, os Baudelaire chegam a prefeitura e se deparam com uma assembleia em andamento. O curioso é que ela está sendo conduzida por um conjunto de anciãos que usam chapéus imitando corvos.

A ideia é que os órfãos sejam criados por uma cidade inteira mas o que acontece é que ninguém quer abrigar os Baudelaire, então eles acabam indo morar com o factótum, Hector, além disso, ficam encarregados de todas as tarefas da cidade. Depois de contar a Hector sobre os Quagmire e os dísticos que Isadora costumava escrever, o factótum tira do bolso um pedaço de papel que ele achou aos pés da Árvore do Nunca Mais naquela manhã. O papel contém uma misteriosa poesia e, não resta dúvidas, foi escrita por Isadora Quagmire. A partir de então todos os dias os corvos trazem uma poesia e deixam aos pés da Árvore do Nunca Mais, elas parecem conter uma pista, um pedido de socorro. Agora os Baudelaire precisam descobrir qual a ligação entre C.S.C. e Olaf e achar seus amigos, que parecem estar em algum lugar da cidade.

Quando uma Anciã anuncia que o Conde Olaf, um homem com monocelha e tatuagem de olho no tornozelo, é capturado, os Baudelaire não conseguem conter sua alegria. Porém ela logo acaba quando percebem que o homem errado foi capturado. Condenado a ser queimado vivo, o homem, que na verdade é Jacques Snicket, é levado a prisão. O detetive Duplin chega na cidade quando o homem aparece morto misteriosamente, logo as crianças percebem que Duplin é o verdadeiro Olaf. Dessa vez, os planos de Olaf consistem em capturar um Baudelaire e deixar que os outros dois sejam queimados vivos. 

Para Beatrice - 
Quando estávamos juntos eu ficava sem fôlego 
Agora, foi você quem ficou. 

Primeiro eu queria dizer que Lemony Snicket é genial. O nome da cidade é C.S.C. e se você abreviar o título do livro, será exatamente o que você terá haha. Até cheguei a pensar que o significado era mesmo esse, mas não. Na verdade, C.S.C. significa Cidade dos Cultores de Corvídeos. Há nome mais apropriado que isso? Só se fosse Corvolândia. Estranhamente, a cidade tem muitos, muitos corvos, e toda a população trata eles como se fossem sagrados. 
Por um momento, com todos aqueles corvos passando por eles velozmente, os órfãos Baudelaire sentiram-se como se também eles pudessem alçar voo pelo ar, para longe do conde Olaf e de todos os seus problemas, e juntar ao círculo de corvos no céu do anoitecer.
C.S.C. é uma cidade peculiar em muitos sentidos: fica no meio do nada, tem uma quantidade assustadora de corvos, é governada por um Conselho dos Anciãos e possui regras absurdas, que proíbem praticamente tudo. Como sempre, Lemony Snicket pesou nas ironias e exageros para fazer suas criticas, dessa vez às leis e como a elite a usa. Os cidadãos de C.S.C. levam suas absurdas regras bem a sério, coisas simples como livros, dispositivos mecânicos e canetas são proibidos. A punição para aquele que descumprir qualquer regra é ser queimado vivo. Apenas. Eles nem são radicais, não é mesmo? 

O novo tutor dos Baudelaire é faz-tudo na cidade, Hector é gentil, atencioso e carinhoso com as crianças, assim como Jeromé era. E assim como o tutor anterior não gostava de discutir, Hector também tem seu defeito: ele fica “desassossegado” perto do Conselho e simplesmente emudece. Nem quando a vida dos Baudelaire depende do álibi de Hector ele tem coragem de se pronunciar. Acho que Hector até que conseguiu ser melhor que Jeromé, pois ele se interessou pela história cheia de desventuras das crianças e até ajudou elas com os Quagmire. Apesar de que os Baudelaire acabaram ajudando mais do sendo ajudados. Além disso, Hector tem uma biblioteca secreta e está construindo (secretamente, já que dispositivos mecânicos são proibidos) uma casa móvel autossustentável à ar quente. É ou não é o sonho de Klaus e Violet? 
“Acabo de me lembrar”, disse ele em uma voz baixa e triste. “É o meu aniversário. Hoje faço treze anos.” 
O final dos três últimos livros foram os mais tristes da série até agora. O quinto porque eles conhecem os Quagmire e os perdem para Olaf. O sexto porque eles encontram alguém que quer ficar com eles, que gosta mesmo deles, mas eles precisam partir para salvar os amigos. E esse porque eles se lembram que eles não tem mais ninguém no mundo para cuidar e amar eles, os Baudelaire estão por conta própria. Uma outra cena bem triste desse livro é quando Klaus se lembra que é seu aniversário, com tanta tristeza, preocupação e infelicidade ele próprio esqueceu do seu aniversário. Então as crianças começam a relembrar melancolicamente de momentos e promessas de quando os Baudelaire pais ainda estavam vivos. 
Aos Baudelaire parecia que todas as criaturas do mundo estavam sendo cuidadas por outras - todas as criaturas, menos eles mesmos. 
Várias coisas importantes acontecem nesse livro. Sabemos agora que Olaf tem uma nova aliada, e namorada, Esmé, e aqui os Baudelaire decidem que viverão por conta própria, nada de Sr. Poe ou tutores. O que será que nos aguarda nos próximos livros? Estou ansiosa para saber.

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