A Coruja Literária

Esse livro veio em uma daquelas caixas de clube de assinatura literário e confesso que achei essa capa horrível e o título não me chamou nem um pouco a atenção. Joguei ela lá na prateleira e deixei até o dia que eu ouvi dizerem que esse era um livro para chorar. 

Esse foi um livro que me surpreendeu e me tocou muito.

Sinopse: “A Guerra que Salvou a Minha Vida” é um daqueles romances que você lê com um nó no peito, sorrisos no rosto e – entre um parágrafo e outro – lagrimas nos olhos. Uma obra sobre as muitas batalhas que precisamos vencer para conquistar nosso lugar no mundo. Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). 

A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando. Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor.

A vida de Ada se resume ao minúsculo e imundo apartamento onde moram ela, o irmão e a Mãe. A menina nunca fez amigos, nunca brincou na rua, nunca foi à escola. Tudo que ela conhece é o interior do aparatamento onde vive, sofrendo agressões e humilhações da própria mãe. A Mãe não quer que ninguém veja Ada e saibam que ela tem uma filha aleijada, com o "pé feio". É Ada quem arruma o cubículo onde eles moram, é ela quem prepara as refeições, ela que cuida do irmão. A Mãe sai para trabalhar e quando volta é para brigar, espancar Ada e enfiá-la debaixo do armário da pia, úmido e cheio de baratas. Os momentos felizes de Ada são quando ela se senta na cadeira na janela e acena para as pessoas na rua, que acham que ela é retardada. Ela é apenas uma criança de 11 anos.

A vida de Ada muda quando a guerra está para começar e as crianças tem que ser evacuadas para o interior por causa das bombas. É Jamie, o irmãozinho de Ada, que traz a notícia: a escola vai levar todas as crianças para o campo. Jamie pode ir, Ada não, diz a mãe. No entanto, ela não pode se separar do seu irmão, ele é tudo para ela. Assim Ada e o irmão fogem de casa e vão para a escola, ser evacuados junto com as outras crianças.

Ninguém quer hospedar Ada e Jamie, eles são sujos e fedorentos, então acabam sendo levados à casa de Susan Smith, ela não os quer e as crianças temem ter que voltar, porém, quando Ada põe os olhos em um pônei cor de caramelo ela sabe que é ali que ela quer viver, não importa que não a queiram, ela pode cuidar dela e de Jamie, afinal ela fez isso a vida toda.

Tanto Ada quanto Susan são pessoas com feridas abertas e juntas elas aprenderão a amar e confiar novamente.

Só de contar a história eu sinto uma imensa dor e tristeza, quantas crianças nascem e morrem sendo maltratadas assim, sem ninguém por elas? É muito triste ver o jeito como a mãe da Ada bate nela, e a agride psicologicamente, a menina não sabe o nome da própria mãe, nem quem foi o pai e nem quantos anos ela mesma tem. É de cortar o coração quando Ada consegue fugir e faz perguntas do tipo: o que é grama? ou quando a Susan vai tocar nela e ela se encolhe toca achando que vai apanhar.


A Ada é uma menina muito fechada e cabeça dura, ela pensa sempre o pior das coisas - certamente por causa do tratamento que recebia da mãe - e isso dificulta muito o relacionamento dela com a Susan, que perdeu uma pessoa muito importante e desde então vive anestesiada pela dor e pelo luto, só quando as crianças chegam ela é obrigada a acordar para a vida.

As crianças levavam uma vida tão cheia de privações que eles ficam maravilhados com tudo que veem, acham a Susan rica, mas na verdade ela leva apenas uma vida com o conforto básico. É emocionante demais ver como a Ada e o Jamie vão melhorando convivendo com a Susan, e como a própria Susan supera a dor aos poucos. Juntos os personagens evoluem muito e é muito bonito ver isso. Um livro extremamente tocante e que merece ser lido.

A detetive Rizzoli e a Dra. Isles estão juntas novamente para resolver outro crime, desta vez cometido dentro das paredes de um convento. Quando Jane e Maura se deparam com a morte de Camille, uma bela jovem que resolveu trilhar caminhos santos, e irmã Úrsula, uma bondosa senhora, elas se perguntam que tipo de monstro terá tido a coragem de assassinar duas freiras a sangue frio dentro de seu lar. O que leva alguém a matar freiras? No entanto, apenas Camille morreu, a irmã Úrsula ainda está viva e desacordada no hospital, a esperança da polícia é que ela acorde logo e possa dar pistas do que houve nesse crime aparentemente sem explicação.

Enquanto Maura participa do caso, seu ex-marido, Victor, reaparece após três anos querendo outra chance, isso desestabiliza a Rainha dos Mortos, Maura ainda tem sentimentos por Vitor mas ela teme que, como da última vez, ele a machuque. Entrementes, outro caso surge para Maura, uma mulher aparece em um restaurante abandonado, morta sem mãos, pés e sem a pele do rosto. Uma vítima impossível de identificar, aparentemente uma imigrante. Logo aparece Gabriel Dean, agente do FBI com quem Rizzoli trabalhou e teve um caso durante a caça do Dominador, ele tem informações interessantes sobre o caso da mulher, a quem Maura nomeou Jane Doe. O agente Dean trouxe um arquivo de Roward Redfield, um ex-executivo morto pela mesma arma que matou a Jane Doe de Maura.

A Dra. Isles não é a única com problemas pessoais. Recentemente Rizzoli descobriu que estava grávida de Dean e ela não sabe o que fazer. A detetive não tem certeza de que quer ou que consegue ser mãe, e ela não está pronta para dar a notícia a Dean, Jane não está certa sobre o que sente por ele e  tem medo de como ele reagiria a isso. Maura foi a única para quem Jane confessou a gravidez, ela não estava preparada para a repentina aparição de Dean.

Quanto mais a investigação avança mais os casos parecem estar interligados, os detetives só precisam descobrir depressa pois a irmã Úrsula pode correr perigo. Até mesmo Victor, ex-marido de Maura, parece ter motivos ocultos para ter vindo parar em Boston justo agora.

Que livro! Como sempre Tess Gerritsen arrasando nas descrições minuciosas e sanguinárias. E esse livro teve bem mais termos técnicos que eu não entendi nada. Achei legal que nesse terceiro livro além da parte policial a autora focou na vida pessoal dos personagens. Gente! Nunca esperei que a Rizzoli ficasse grávida, ela é durona, meio macho, não consigo imaginar ela sendo mãe. Mas vou aguardar o desenrolar dos próximos capítulos dessa história. História bem construída como nós anteriores, o fim foi foi aquele clássico da autora, cheio de adrenalina, tudo acontecendo de uma vez. E ainda teve uma espécie de prólogo passados três meses, só pra deixar nós leitores felizinhos (eu amei).

Olá, corujas!

Faz bastante tempo que eu não faço resenhas aqui, porque faz bastante tempo que eu não leio. Durante o ano dá vontade de ler mas não posso ler muito por causa da faculdade e nas férias que eu posso ler, não leio porque só quero fazer nada. Vocês são do contra assim também? haha


O livro da resenha de hoje é um que eu queria ler há bastante tempo porque eu amei essa capa com detalhes de dourado e minha prima me deu ele de presente de aniversário (sejam esse tipo de pessoa). Agora chega de enrolar e vamos à resenha:

Nome: A Biblioteca Invisível (#1)
Autora: Genevieve Cogman

Número de Páginas: 368
Editora: Morro Branco

Estrelas: ★★★

Sinopse: Irene é uma espiã profissional da misteriosa Biblioteca, uma obscura organização que existe fora do tempo e espaço e que coleciona livros e manuscritos de diferentes realidades. E junto com seu enigmático assistente Kai, ela é enviada para uma Londres alternativa com a missão de recuperar um perigoso livro. Mas quando eles chegam, ele já foi roubado. As principais facções do submundo londrino estão prontas para lutar até a morte para achar este mesmo livro, e tudo é imensamente dificultado pelo fato de que o mundo está infestado pelo Caos - as leis da natureza foram distorcidas para permitir a existência de criaturas sobrenaturais e mágicas imprevisíveis. Enquanto seu novo assistente guarda seus próprios segredos, Irene logo se vê envolvida em uma aventura repleta de perigo, pistas e sociedades secretas, onde a natureza da própria realidade está em perigo e falhar não é uma opção.

Depois de voltar de sua última missão Irene logo é designada para outra, localizar e trazer o manuscrito original dos irmãos Grimm, em uma Londres alternativa com alto nível de infestação de Caos, o que torna o mundo volátil e a missão extremamente delicada. Um novo recruta é enviado para auxiliá-la,  Kai. Mas porque enviar um recruta inexperiente para uma missão tão perigosa? É o que Irene não consegue entender, o que torna a missão estranhamente misteriosa.

Quando chegam a Londres Irene descobre que o exemplar já foi roubado e seu dono, um vampiro, assassinado dramaticamente. Irene e Kai começam a seguir as pistas do crime e acabam conhecendo o detetive Vale, que os questiona sobre seu interesse no caso. Irene não sabe em quem pode confiar mas ela não tem muita escolha e acaba se unindo a Vale, afinal ele pode ser útil.

A última coisa que Irene esperava encontrar por lá era outro agente da Biblioteca, muito menos aquele em específico. Esse encontro acaba por despertar em Irene uma série de questionamentos. Por que outro agente foi mandado para executar a mesma missão que ela? O que esse livro teria de tão especial? Irene se pergunta se realmente poderá confiar nesse outro agente ou se ele a trairá na primeira oportunidade. Quanto mais as descobertas avançam mais perigosa vai se tornando a missão e os segredos acerca de Kai, o belo assistente de Irene, só vão aumentando. O aparecimento de um antigo vilão da Biblioteca na missão só reforça a ideia de que esse livro deve ser realmente especial, mas quais serão os segredos que ele guarda?


A autora foi realmente genial em criar todo um novo universo, achei bem diferente de tudo que eu já tinha lido. No começo eu tive um pouco de dificuldade para aceitar a ideia da Biblioteca, viajar por outros mundos caçando livros simplesmente para armazená-los numa biblioteca fora do tempo e do espaço me pareceu meio... bobo, sei lá. Mas depois a gente percebe que alguns são mais do que  simples livros com historinhas. Durante a leitura a gente vai percebendo o quão profunda e obscura a Biblioteca é, no final eu tinha até minhas dúvidas de que ela fosse realmente boa. E durante o livro todo eu desconfiei de todo mundo.

A Irene é uma personagem muito inspiradora, uma mulher inteligente e autossuficiente, adorei ela. O segredo do Kai... Oh... My... God... fiquei chocada, foi muito legal. Estou curiosa com a continuação, quero saber o que rola no after, ficaram aquelas pontas soltas que deixam a gente louco pelo próximo. Dei três estrelas porque eu gostei do livro mas esperava um pouco mais.

Nome: Réquiem
Autor: Fábio Bruzinga

Número de Páginas: 449
Editora: Spectrum

Estrelas: ★★★★

Sinopse: Sarah possuía uma vida considerada por muitos como invejável. Casada, duas filhas e uma estruturada carreira na advocacia era tudo o que ela desejou e sonhou quando criança. Fernanda, por outro lado, trocaria tudo pelo direito de recomeçar. E mesmo separadas por mais de um século de distância, elas veem seus destinos cruzados em uma trama psicológica e aterrorizante.
Tudo começa com uma viagem para uma cidade do interior. Os planos eram de passar um final de semana em família, mas o que os esperava estava longe de ser considerado feliz. Assim que entram na casa, todas as portas e janelas se fecham por obra de uma força sobrenatural e acontecimentos estranhos despertam o sentimento de que não estão sozinhos sobre aquele teto. Agora trancados, Steven tem certeza de que as histórias e contos de terror que rodeavam a casa eram tão reais quanto suas lembranças de quando costumava correr por todos os cantos daquele local. Vencido pela impotência, ele resolve revelar o pouco que sabe.
Mortos por um incidente cruel, a família de Fernanda, antigos moradores, permanece presa nos corredores da casa, obrigada a reviver seus últimos momentos no plano carnal como um eco, levando qualquer um que ouse pisar naquele solo impuro a reviver esses momentos brutais. Começa a corrida contra o relógio e contra os anseios de cada um. Toda a família vê-se envolvida com os fantasma, lutando para saírem vivos do seus piores pesadelos, perguntando-se “em quem confiar?”.
Enquanto o relógio marca sua contagem regressiva como um algoz, Sarah, Steven, Flávia e Alice percebem que estão mais conectados aos fantasmas do que pudessem imaginar e que sua única arma é a vontade de saírem vivos dali.

Sara tem em mãos um caso complicado, que desafia seus princípios, e, como se não bastasse, há uma pressão cada vez maior de seu chefe. Ela está sobrecarregada, então seu marido, Steven, decide que um final de semana com a família numa velha casa de interior que ele herdou do tio e na qual ele passou momentos muito felizes na infância pode ser a solução ideal para a agitação da esposa. Assim, Steven convence a mulher de que essa é a ideia perfeita, coloca a família no carro e leva a todos para a casa sem número, Rua 4, Maxville. 

Cansados da viagem a família só quer um pouco de descanso, porém, tem início uma série de acontecimentos estranhos. Tudo começa quando Flávia, a filha mais velha do casal, encontra um curioso relógio, com um ponteiro e 31 números, ao ser tocado o relógio parece despertar uma antiga e maligna força que habita a casa. Steven já ouvira muitas histórias terríveis sobre aquela casa, mas nunca acreditou nelas, é um pequeno bilhete jogado debaixo de um armário que o faz temer pela sua vida e a da família. 

“Esqueça todo tipo de medo que você já teve. O medo que você presenciará de agora em diante será muito pior.” 

Essas palavras não saem da cabeça de Steven e ele resolve compartilhar seus temores com a esposa. Sara está cética, ela é uma mulher racional, acredita apenas em fatos e provas. É com a comprovação de que eles estão misteriosamente trancados dentro da casa que vem a constatação de que algo terrível pode estar para acontecer. Os Castro, primeiros moradores da casa, morreram de forma trágica, lançando uma espécie de maldição sobre o lugar, agora Sara e a família precisam desvendar um grande segredo para conseguirem se libertar. Do contrário, todos morrerão. 

A filha mais nova, Alice, acaba fazendo amizade com um menino, Lucas, o estranho é que só ela o vê. Logo a família descobre que Lucas é o filho da família morta na casa. Um fantasma. Sara e Steven temem que essa amizade possa ser muito perigosa. Entretanto as ligações entre a família de Sara e os Castro não param por aí, Flávia começa a ouvir uma voz que fala de coisas sobre as quais ela prefere nem pensar, e Sara parece ter uma estranha conexão com Fernanda Castro. Conforme os dias passam, mais verdades vem a tona e mais perigo corre a família. Depois que Sara recebe o diário de Fernanda ela passa a vivenciar as cenas que aconteceram séculos atrás e que culminaram no terrível fim das família e enquanto ela tenta entender o que realmente aconteceu, Steven tenta lembrar de ensinamentos de seu tio que os ajude a sair vivos da casa. Durante trinta e um fáticos dias a família vive envolta em segredos, tentando descobrir os do passado e esconder os do presente. 

Esse foi meu segundo livro de terror. O primeiro? O Cemitério, do mestre King. Mas querem que eu conte um segredo? (aproveitando o clima de segredos do livro) Réquiem me deixou muito mais amedrontada do que O Cemitério (é, O Cemitério quase não me assustou - na real, hoje em dia a história me parece mais macabra do que eu achava na época que eu li). Eu ia dormir todos os dias pensando em fantasmas com sede de vingança 😬 

Eu li esse livro durante as férias de agosto, e sabe quando você só quer ficar de boas fazendo nada? Eu estava bem assim, não estava muito no clima de leitura e ainda assim o livro me prendeu, fiquei curiosa pra entender o que tinha acontecido no passado e como a Sara e a família iam sair dali. 

Alice e seu fantasma de estimação. Que agonia, ora eu achava que podia confiar no menino, ora temia os pedidos misteriosos que ele fazia à menina. O mais estranho é que depois o resto da família passa a vê-lo, só que de forma diferente da menina, para os outros o fantasma aparece com um ar mais sombrio, enquanto para Alice ele aparece como um menino (macabro né?!). Ela era a que menos compreendida a gravidade da situação, pela idade, porém a que teve maior contato com o passado. 

Com o decorrer do livro a gente vai descobrindo que a conexão dos personagens do presente com os do passado e muito mais profunda do que a gente imaginava.

Steven. Querido Steven. Tive bastante pena dele, a casa o excluiu do desenrolar das coisas e a maneira que ele encontrou de ajudar foi reviver os doces momentos da infância passados na casa com o tio, para tentar achar algo que os ajudasse. Aliás, o tio dele MORAVA na casa, me perguntei o tempo todo como era possível, até que no final isso é esclarecido e junto a esse esclarecimento vem uma revelação sobre a morte do tio de Steven que me deixou bem triste :(( (manterei em segredo, leiam, leiam). 

Sara e Flávia foram as que viram a morte mais de perto, as personagens passam por muitos momentos aterrorizantes e são elas que nos trazem as maiores revelações. 

O livro me surpreendeu bastante e eu super recomendo, gente. Uma motivação extra: o livro é de autor nacional. Desde que me aventurei pelo maravilhoso mundo de Carina Rissi acho que os autores nacionais realmente merecem uma chance, e um lugarzinho especial no nosso coração & na nossa estante. 

Ao Fábio, obrigada pelo livro e sucesso, realmente adorei.

Nome: Insaciável
Autora: Meg Cabot

Número de Páginas: 507
Série: Insaciável I

Editora: Galera Record
Compre: Amazon

Estrelas: ★★★★★ + ♥
Sinopse: Considerada a rainha dos adolescentes, Meg Cabot também sabe tecer uma trama adulta cheia de humor e aventura. Diálogos rápidos, cenas afiadas e referências para lá de atuais são sua marca registrada. Então, a onda vampiresca não podia escapar de seu olhar crítico. Em Insaciável, ela faz uma bem humorada reflexão sobre a moda de caninos alongados que tomou conta da cena pop mundial: seja em filmes, livros, séries de televisão ou músicas. No divertido Insaciável, Meena Harper é uma roteirista de novelas que acaba de perder uma sonhada promoção para a sobrinha dos produtores executivos da emissora. Uma perua sem talento, sem nenhum comprometimento com os personagens e cuja única preocupação é o próprio peso. Para piorar, a primeira providência de sua nêmesis foi inserir vampiros na trama. E Meena logo se vê obrigada a escrever sobre os sanguessugas, apesar de não acreditar na sua existência. Não que Meena, diminutivo de Wilhemina (alusão a Bram Stocker aqui!), seja uma cética completa. Nem poderia. Ela consegue dizer quando — e como — todos que conhece vão morrer. Mas seu dom sombrio não a torna exatamente popular. Depois de algumas decepções, ela simplesmente acha mais simples avisar as pessoas para mudarem itinerários, visitarem o médico, sem nenhuma outra informação. É por isso que ela acha estranho quando conhece Lucien Antonesco, o belo e misterioso príncipe romeno e primo de seu vizinho, e não capta nada. O problema é que Lucien já está morto. Apesar de parecer ser tudo o que Meena sonhou encontrar num namorado. Descontando a parte em que ele está no meio de uma guerra entre clãs vampiros rivais e fugindo da Guarda Palatina, caçadores de demônios à serviço do Vaticano. Sua história com ele pode se transformar em um pesadelo em um piscar de olhos. Talvez seja a hora de Meena começar a prever o seu próprio futuro... Se é que o tem.

Neste enredo temos, como uma das personagens principais Meena Harper. Comecei o livro sem saber nada, nem se quer li a sinopse, e me surpreendi quando descobri que Meena tem o poder paranormal de saber quando as pessoas vão morrer. Há muito tempo ela parou de avisar explicitamente sobre a morte, mas faz tudo que pode para mudar o destino das pessoas quando tem uma visão. Além disso, Meena ainda tem lhe dar com o trabalho de roteirista de novela, onde vai perder uma promoção para uma perua e ainda vai ter que escrever um horripilante roteiro sobre vampiros! O que ela considera um absurdo, afinal eles não existem.

Do outro lado da história temos Lucien Antonesco, um legítimo príncipe romeno (com castelo e tudo mais) que está vindo a cidade de Meena para uma investigação. Ele é parente da vizinha de Meena, que todos os dias a tenta juntar com algum pretendente. Lucien é misterioso, educado, bonito. Mas não é por isso que atrai a atenção dela. E sim o fato dela não conseguir sentir sua morte. O que Meena não pode imaginar é que Lucien é príncipe das trevas, líderes de todos os vampiros. E que está entrando em guerra com seu meio-irmão que quer o trono.

Na narração ainda temos a guarda Palatina, caçadores de vampiros ultrassecretos a serviço do Vaticano e que querem erradicar os vampiros da face da Terra. Em diversos capítulos temos a narração de Alaric, um dos soldados da guarda mas que tem um fixação ainda mais com as mortes dos vampiros e métodos totalmente controversos para conseguir isso. 

Apesar do livro ser sobre vampiros e ter elementos que todos os livros tem (empalamento, alho, vampiros morrendo queimados pelo sol) a autora deu um novo que a\ toda a história pois a mocinha não é uma mocinha inocente, a espera de que todo o mal seja feito e tenha um herói. Pelo contrário, Meena é até irritante às vezes com seu complexo de heroína. 

Eu simplesmente adorei a história! Comecei a lê-lo em uma aula chata da faculdade, sem expectativa nenhuma e devo dizer que me surpreendeu recendo assim as cinco estrelas e sendo favoritado nesse mês de abril. Há muito tempo não leio algo da Meg Cabot, e os livros que eu li foram romances adolescentes. Eu amei o modo dela de escrever fantasia e já vou ler o livro dois. 

Olá, Corujas!

Esse começo de mês li os três livros da trilogia Irmão Anetakis da Maya Banks. Os livros são, respectivamente,Traição, Rebeldia e Revelação. Depois de ter lido, muito tempo atrás, a trilogia Breathless também da autora não me interessei mais por nenhum livro. Mas os irmãos Anetakis certamente me encantaram.

No primeiro livro, Traição, tempos a história de Chrysander, o irmãos mais velho e magnata grego de uma rede de hotelaria. Chrysander esteve envolvido por um tempo com Marley Jameson, mas ao descobrir que a mulher havia vendido informações de sua empresa para concorrência expulso-a do apartamento e de sua vida. O que ele não sabia era que Marley reapareceria na sua vida meses depois, grávida e sem memória. Ele aproveita esse momento para se vigar dela, dizendo que eram noivos e a leva para uma ilha particular. Mas o que acontecerá quando ela recobrar a memória?

No segundo livro, Rebeldia, temos a história de Theron. Ele tem sua vida toda planejada e acaba de negociar um casamento aparentemente perfeito, com uma moça perfeita. Mas, com a mudança de seu irmão, ele assumirá os negócios na cidade... inclusive Isabella Caplan. Bella é uma menina que perdeu os pais cedos e tem como tutelados de sua herança os irmãos Anetakis. Theron não contaria que a adolescente cheia de espinhas se tornou uma mulher linda. E que quer seduzi-lo a qualquer custo.

O terceiro livro, Revelação, também temos uma gravidez! Jewel passará a noite com homem desconhecido e no dia seguinte descobrirá que ele é seu novo chefe, Piers. Ela será despedida e sem emprego volta para o apartamento de uma amigo. Mas, ela acabará descobrindo que está grávida. Não pediria a ajuda de Piers, mas com cinco meses está em uma gravidez de risco e se vê obrigada a ligar para ele. Arrependido por ter demitido a moça, Piers fará de tudo para recompensá-la. A honra grega exigirá o casamento, mesmo sem a certeza de que o herdeiro é dele.

Agora por que estou indicando essa trilogia? Apesar de ter dado quatro estrelas do Skoob, eu adorei a história. São livros pequenos, sem enrolação, sem sexo desnecessário, com uma mistura de diversão e intensidade. Apesar de bem abstrato, afinal estamos falando de uma história onde os caras tem a maior empresa de hotelaria do mundo, a história em si flui muito bem e com certeza serve para te distrair no fim de semana ou te tirar daquela ressaca literária. Pessoalmente, a única coisa que não gostei foram as capas. 

Nunca na minha vida eu tive vontade de abrir e realmente ler um livro de poesia. A verdade é que eu sempre achei poesia muito difícil de entender, toda essa coisa de ter que ficar adivinhando o que o autor quer dizer me cansa. Please, seja mais objetivo e prático. 

[criticando, porém com respeito. admiro quem consegue ler poesia. queria ser assim. mas não sou.]

Tenho medo de usar todos os adjetivos da língua portuguesa e ainda assim vocês não conseguirem compreender a profundidade e a importância desse livro. Essa é a verdade.

Outros Jeitos de Usar a Boca, é um livro de poesia contemporânea. E se você tem um conceito de poesia pré-definido, apenas esqueça. Esse livro é diferente do tipo de poesia que eu esperava. Não é entediante. Não é piegas. Não é exagerado. Não é falso. Outros Jeitos de Usar a Boca é verdadeiro, é real, é palpável. É um livro escrito não com a mente, é um livro escrito com o coração, um livro feito de dor e superação. Em cada linha nós, leitoras, conseguimos nos identificar porque ali estão escritas verdades que nós mulheres vivemos e conhecemos muito bem. Onde você não se identifica você consegue sentir, mesmo sem ter aquela experiência. Em certas partes eu me senti uma intrusa, era como se alguém - alguém real e de carne e osso como eu - estivesse lá expondo suas feridas mais íntimas para mim. Foi como ler o diário de alguém que já sofreu muito.

"Como é tão fácil para você
ser gentil com as pessoas ele perguntou

leite e mel pingaram
dos meus lábios quando respondi

porque as pessoas não foram
gentis comigo."

Outros Jeitos de Usar a Boca fala sobre paternidade, sobre sexo, sobre como nós mulheres nos sentimos e como a sociedade nos trata, fala sobre descobrir o amor, sobre a dor da ruptura, a superação, fala sobre abusos. Abusos de todos os tipos, feitos por todas as pessoas.

Esse livro é uma relíquia. Eu tenho uma lista de livros que acredito que todos deveriam ler, Outros Jeitos de Usar a Boca se tornou um dos títulos dessa lista. É um livro sobre a vida e, principalmente, sobre ser mulher, mas acredito que os homens também deveriam lê-lo. HOMENS, leiam. Por favor. Todos vocês, leiam. E disseminem. Eu já fiz uma lista de pessoas que eu preciso presentear com esse livro.

Li esse livro em cerca de três horas, o impacto foi tão grande que depois de absorver tudo eu já queria ler de novo. Então eu lembrei que essa autora tem outro livro desse mesmo tipo, O Que O Sol Faz Com As Flores, e em breve tem resenha dele aqui porque eu já comecei a ler.

Se a minha opinião não foi o suficiente, fiquem agora com esse mulherão que é Jout Jout:

Olá, Corujas! Hoje acabamos a série os Hathaways!

Nome: Nome do livro
Autora: Nome da Autora

Número de Páginas: 272
Série: Os Hathaways #5

Editora: Arqueiro
Compre: Amazon

Estrelas: ★★★★★ 
Sinopse: Mesmo sendo uma família nada tradicional, quase todos os irmãos Hathaways se casaram, até mesmo Leo, que era o mais avesso a essa ideia. Mas para a caçula Beatrix, parece não haver mais esperança. Dona de um espírito livre, apaixonada por animais e pela natureza, Beatrix se sente muito mais à vontade ao ar livre do que em salões de baile. E, embora já tenha frequentado as temporadas londrinas e até feito algum sucesso entre os rapazes, nunca foi seriamente cortejada, tampouco se encantou por nenhum deles. Mas tudo isso pode mudar quando ela se oferece para ajudar uma amiga. A superficial Prudence recebe uma carta de seu pretendente, o capitão Christopher Phelan, que está na frente de batalha. Mas parece que a guerra teve um forte efeito sobre ele, e seu espírito, antes muito vivaz, se tornou bastante denso e sombrio. Prudence não tem a menor intenção de responder, mas Beatrix acha que ele merece uma palavra de apoio mesmo depois de tê-la chamado de estranha e dito que a jovem é mais adequada aos estábulos do que aos salões. Então começa a escrever para ele e assina com o nome da amiga. Beatrix só não imaginava o poder que as palavras trocadas teriam sobre eles. De volta como um aclamado herói de guerra, Phelan está determinado a se casar com a mulher que ama. Mas antes disso vai ter que descobrir quem ela é.

Neste último livro da série Os Hathaways, a única ainda não encontrar seu amor é caçula da família: Beatrix. A moça já vem de uma família nada convencional, mas é de longe a parte mais excêntrica da família. Ela é apaixonada pela natureza e pelos animais, pega qualquer bicho que precisa de ajuda para cuidar. Ela tem um ouriço de estimação! Apesar de já ter ido a diversos bailes e conhecido diversos cavalheiros, mesmo que nunca cortejada por nenhum, não lugar que ela goste e se encante mais do que a natureza.

A história, bem diferente das anteriores, começa quando sua amiga Prudence, uma patricinha superficial, recebe uma carta de Christopher Phelan. O homem foi a uma gerra, que vem consumindo seu estado de espírito alegra dia a dia. Em uma tentativa de manter a sanidade ele mandou a carta a Prudence, que não tem intenção nenhuma de responder. 

Apesar de não gostar do jovem Phelan, pois certa vez ouvi coisas depreciativas do mesmo, Beatrix acha que ele merece apoio ao passar por um ambiente tão hostil. Então resolve escrever a carta em nome da amiga. E isso muda tudo. Ela escreve uma segunda, uma terceira e uma quarta. Com as palavras os sentimentos deles vão aflorando. Só há um problema: Phelan acha que tudo vem da futil Prudence. 

Quando Phelan vence a gerra e volta como um herói para casa ele só quer uma coisa: casar com a mulher que ama. Mas depois de um tempo com Prudence percebe que ela não pode ser a mesma das cartas. E então passa a procurar pela mulher das cartas. E depois de algumas pistas tudo indica que essa mulher é a excêntrica Beatrix.

Beatrix é uma alma leve, o livro também se torna assim mesmo com alguns momentos tensos e os traumas de Phelan pós guerra. Eu amei a história e acho que deu um encerramento incrível para a série. Eu me apaixonei ainda mais pela série e pelos personagens. De um lado a inocente Beatrix, do outro um homem com cicatrizes de guerras. Então nada menos que cinco estrelas para essa história!

Nome: Manhã de Núpcias
Autora: Lisa Kleypas

Número de Páginas: 272
Série: Os Hathaways #4

Editora: Arqueiro
Compre: Amazon

Estrelas: ★★★★★
Sinopse: Quando herdou o título de lorde Ramsay, Leo Hathaway e sua família passavam por um dos momentos mais difíceis de sua vida. Mas agora as coisas vão bem. Três de suas quatro irmãs já estão casadas, uma preocupação que Leo nunca teve consigo mesmo. Solteiro inveterado, ele tem uma certeza na vida: nunca se casará. Mas então a família recebe uma carta que pode pôr tudo isso em risco: se Leo não arrumar uma esposa e gerar um herdeiro dentro de um ano, ele perderá o título e a propriedade onde todos vivem. Solteira e sem pretendentes, a governanta Catherine Marks talvez seja a única salvação da família que a acolheu com tanto carinho. O único problema é que Leo não compartilha do mesmo afeto que suas irmãs têm pela moça. Para ele, Catherine é uma megerazinha cheia de opinião que fala demais. Apesar de irritá-lo e quase o levar à loucura, ela é a primeira – e única – mulher com quem ele considera se casar. Catherine, por sua vez, tem uma opinião igualmente negativa a respeito do patrão. Além disso, ela esconde alguns segredos do passado e um deles pode destruir a vida que tão cuidadosamente construiu para si. Agora Leo e Catherine precisam um do outro, mas para vencer as dificuldades e con­sertar as coisas eles terão que superar as turras e as diferenças, num romance intenso e sensual que só Lisa Kleypas poderia ter escrito.

No quarto livro dos Hathaways finalmente chegamos a história de Leo. O irmão mais velho dos Hathaways depois de receber o título de lorde Ramsay resolve se entregar a libertinagem para esquecer sua amada noiva que morreu. Depois de um período na França com Win, uma de suas irmãs, Leo parece finalmente ter deixado o mundo de bebidas e mulheres para trás, passando a se dedicar a propriedade da família junto com os cunhados Kev e Cam.

Mas uma coisa ainda atormenta Leo: ele não acredita que possa voltar a amar ou mesmo se casar. Afinal o amor da sua vida foi morta pela escarlatina. Mas uma notícia pode arruinar todos os seus planos de permanecer solteiro: a propriedade onde eles vivem não faz parte das propriedades que vieram com o título e serão tomados pela viúva do antigo lorde Ramsay, a menos que Leo se case e tenha um herdeiro em menos de um ano. 

A família imediatamente acham uma pretendente: Catherine Marks. Nos livros anteriores já conhecemos a moça que passou a trabalhar para família com o objetivo de ensinar bons modos a Poppy e Breatix. Uma mulher extreamamente rígida, mas que tem bons motivos para isso. Desde que se conheceram, Leo e Cat trocam farpas e se se odeiam. Certamente, Leo não iria se casar com ela. Afinal a considera uma megera. 

Mas dificuldades surgirão, e podem finalmente uní-los. Catherine esconde um grande segredo que vai voltar a atormentá-la e Leo vai jurar protegê-la. Em meio a outras coisas irá rolar um beijo e então outro, amor começará a surgir. A história tem uma pitada de mistério devido ao passado de Catherine. Além de uma pegada daquele ditado de quem odeia, ama. Você ouve muito quando criança, um garoto vive te tratando mal e por isso gosta de você. Nesse caso a atração entre Leo e Cat se mostra real, principalmente quando os dois passam a mostrar outro lado além do de troca de farpas.

Eu adorei saber mais sobre o passado de Cat que vinha sendo um mistério e amei a história. Não é a minha favorita da série, esse lugar pertence até agora a história da Win, mas o livro merece cinco estrelas!

Olá, Corujas! Seja bem vinda (o) a mais uma resenha dessa autora que estraçalha nosso coração.

Resenha livro 1 - O Ar que Ele Respira

Resenha livro 2 - Uma Chama Entre nós

Nome: O Silêncio das Águas
Autora: Brittainy C Cherry

Número de Páginas: Record
Série: Elementos #3

Editora: 364
Compre: Amazon

Estrelas: ★★★★★ + ♥
Sinopse: A autora de O ar que ele respira e A chama dentro de nós, uma história de amor que precisará vencer todos os obstáculos Quando a pequena Maggie May presencia uma cena terrível à margem de um rio, sua vida muda por completo. A menina alegre que vive saltitando de um lado para o outro e tem uma paixonite por Brooks Griffin, o melhor amigo de seu irmão, sofre um trauma tão grande que acaba perdendo a voz. Sem saber como lidar com o problema, sua família se vê em uma posição difícil e tenta procurar ajuda, mas nenhum tratamento vai adiante. Ao longo dos anos, Maggie aprende sozinha a conviver com os ataques de pânico e, sem conseguir sair de casa, encontra refúgio nos livros. A única pessoa capaz de compreendê-la é Brooks, que permanece sempre ao seu lado. A cumplicidade na infância se transforma em amizade na adolescência, até que um dia eles não conseguem mais negar o amor que sentem um pelo outro. Mas será que o forte sentimento que os une poderá resistir aos fantasmas do passado e a um acontecimento inesperado, que os forçará a navegar por caminhos diferentes?

Como começar a falar desse livro? Eu acabei de lê-lo nesse exato momento e vim correndo escrever a resenha, coisa que quase nunca faço porque geralmente tenho preguiça. Mas quero escrever sobre esse livro com os sentimentos que eu estou no peito nesse exato instante. Sem perder nenhuma das emoções que ele me passou.

Nesse terceiro livro da série Elementos temos a história da Maggie May. A história começa com a Maggie de dez anos. Seu pai havia acabado de encontrar um novo amor, novamente, e eles vão morar na casa da mulher. Maggie ganhe um irmão e uma irmã além de uma mãe. Ela conhece também Brooks Griffin, melhor amigo do irmão e se apaixona por ele. Certo dia, depois de passar a semana planejando o "casamento" dos dois ela vai a um bosque próximo a sua casa esperar por Brooks para se casar. Porém ele se atrasa, andando pelo bosque a pequena Maggie vê uma cena terrível e acaba sofrendo coisas terríveis. Todo esse trauma a leva a perder a voz além do medo de sair de casa. 

A única pessoa que parece entendê-la é Brooks, que permanece ao seu lado, vira seu melhor amigo, seu amor. O medo de Maggie cresce ainda mais e pelos próximos vinte anos ela nunca mais vai sair de casa além de não pronunciar uma palavra se quer. O livro passa então para uma outra parte, com Maggie um pouco mais crescida na adolescência. O sentimento de amizade de infância entre ela e Brooks vão aumentar e se tornar um amor. Mas, como fazer uma relação dessas dá certo? Maggie não fala e nem sai de casa além de ser atormentada pelos próprios demônios.

Brooks se mostra um cara maravilhoso, permanecendo ao lado dela sempre e entendendo seu silêncio. Mas a vida vai a acabar levando os dois para caminhos diferentes. Brooks, o irmão de Maggie e outros dois amigos tem uma banda. Depois de um vídeo no Youtube fazer sucesso absoluto, a vida dela dá uma guinada. Em meio a esses encontros e desencontros Maggie tenta superar o medo. Tenta ser mais forte do que o monstro que sua mente criou. Mas nada parece dá certo.

Essa história é muito particular para autora, em uma nota no começo do livro ela explica que teve problemas com a voz na infância e ainda hoje às vezes gagueja. Então você sente desde a primeira linha que foi uma história escrita na base da emoção. O livro tem uma pegada totalmente diferente de O Ar que ele respira e Uma chama entre nós, aqui ela traz toda a vida de Maggie May a partir dos dez anos e como foi a superação do trauma. Além disso aqui temos muito sobre família. De como uma família é importante e que temos que apoi-la nos momentos bons, mas também nos péssimos. De que apesar de tudo que aconteça o amor familiar é uma coisa poderosa e vai sempre está lá para te salvar. 

Vi muitas críticas ao livro, principalmente por ser um livro bem diferente dos anteriores e realmente há erros. Há momentos que a guinada na história é tão grande e que algumas coisas que acontece parecem não ter sido explicadas direito. Maggie fica vinte anos sem sair de casa e então quando acontece algo ela se vê entre continuar no seu porto seguro ou enfrentar seu medo. Talvez ela tenha enfrentado seu medo rápido demais e depois tudo pareceu um tanto superficial. Há também a falta de um acompanhamento médico para um trauma tão complexo, apesar de termos citações sobre terapeutas nunca temos realmente a presença deles na história. A autora jogou a cura dela toda em cima do amor, o que pode ser um tanto perigoso. Mas traumas são vividos de maneiras diferentes. Então as pessoas tem que entender que esse foi o modo como a Maggie se curou, não como todos se curam. Cada trauma é um trauma. Cada cura é uma cura.

Mas, eu dou muito valor aos livros que tocam o coração. E garanto que O silêncio das águas fez exatamente isso comigo. É um tipo de livro que você mergulha de cabeça e sequer perceber algum erro de tão envolvido na história E, certamente, tornou-se um dos favoritos absolutos do mês de fevereiro. 

Já li outro livro sobre o assunto da perda de fala, Mar da Tranquilidade, depois de um trauma a protagonista simplesmente perdeu sua voz. Sua cura foi diferente da de Maggie. E é assim que as coisas acontecem. Ninguém é igual a ninguém. Livros são escritos por pessoas que tem experiencias totalmente diferentes, e mesmo para um escritor ao escrever um livro, ele encontra histórias novas a cada vez. 

Então se você está em dúvidas sobre ler ou não esse livro, corre agora e vai na Amazon comprar! Porque vale muito a pena. Eu vou parar de escrever agora, tchau! 

Resenha Mar da Tranquilidade

Compre o livro pelo nosso link e ajude o blog

Nome: Tentação ao pôr do sol
Autora: Lisa Kleypas

Número de Páginas: 272
Série: Os Hathaways #3

Editora: Arqueiro
Compre: Amazon

Estrelas: ★★★★★ 
Sinopse: Poppy Hathaway está em Londres para sua terceira temporada de eventos sociais. Como nos dois anos anteriores, ela se hospedou com a família no hotel Rutledge. E, como nos dois anos anteriores, tudo indica que retornará a Hampshire sem ter encontrado um pretendente com quem se casar. Apesar de ser extremamente bonita e gentil, Poppy tem duas grandes desvantagens em relação às outras moças: sua inteligência deixa muitos homens acuados e o fato de vir de uma família tão pouco convencional faz com que os melhores partidos nem sequer a abordem. Mas o destino a coloca no caminho de Harry Rutledge, um homem de passado triste, que venceu na vida por conta própria e aprendeu a encarar tudo como um negócio. O dono do hotel não ama ninguém, confia em poucos e manipula todos. Porém, mesmo sendo tudo o que Poppy nunca almejou, ela não pode negar o fascínio que sente por ele. Quando Harry conhece Poppy, é tomado pelo desejo. Ele imediatamente tem a certeza de que a jovem será sua – e, para o bem ou para o mal, não mede esforços para que isso aconteça. Mas fascínio e desejo não serão suficientes para construir sua história, sobretudo quando uma traição põe em jogo as bases do relacionamento. Agora, é entre quatro paredes que eles tentarão resolver problemas e anular diferenças, num romance sensual em que seu futuro juntos pode mudar a cada toque, cada encontro, cada descoberta.

No terceiro livro da série Os Hathaways nossa querida Poppy encontrará o amor, ou não. Ela já está em sua terceira temporada em Londres e continua solteira, ao que tudo indica não é esse ano que tudo mudará. Mesmo depois de contratarem uma governanta para lhe ensinar o que uma dama precisava Poppy ainda não é muito bem vista na sociedade devido sua família afinal suas duas irmãs mais velhas haviam casado com ciganos! E Poppy acredita em se casar por amor, principalmente depois de ver o casamento bem sucedido de Amelia e Win. Mas, ela acaba encontrando um amor: um jovem simpático com um título que só precisa convencer o pai de que pode se casar com uma mulher sem sangue azul.

Do outro lado história temos Harry Rutledge, dono do hotel onde Poppy e a família sempre se hospedaram. Harry é um homem misterioso e conhecido por poucos, conseguiu dinheiro com o próprio suor colecionando diversos inimigos pelo caminho. Éle não ama ninguém, se acha incapaz de ser amado devido ao seu passado, manipula todos e vive para o trabalho.

O caminho dos dois se cruzam quando certa manhã, o furão de Beatrix, irmã de Poppy, pega uma carta de seu pretendente e sai correndo pelo hotel. Ela acaba em cômodo de um dos gerentes do hotel e entra em uma passagem secreta quando vê o gerente chegando. Essa passagem, é de Harry que a encontra. Depois de conversar um pouco com a moça percebe que além da beleza ela é dotada de uma inteligencia excepcional e até lhe beija quando ela está prestes a ir embora.

Harry não quer concorrência, então dá um jeito de arruinar as chances de Poppy com seu amado cavalheiro e faz de tudo para se tornar marido dela, por meios legais, ou não. A história não é sobre o casamento em cima, pois começa de modo desastroso e com Rutledge como o vilão da história. O livro de certo fala sobre o amor e transformação que ele faz na vida das pessoas. Além da superação, pois Poppy tem que perdoar ele por tudo que manipulou para fazer o casamento acontecer e Harry tem que passar por cima de seus traumas passado, acreditar que pode amar e ser amado.

No meio da trama temos ainda a governanta de Poppy que parece ter uma relação secreta com Harry e odiá-lo. No decorrer da história entendemos qual a ligação dos dois, que é, no mínimo, surpreendente. A autora escreve de modo envolvente. Não se esquece em nenhum momento dos outros personagens da história aprofundando na personalidade de cada um.

Sem dúvidas, a história merece cinco estrelas!

Nome: Sedução ao Amanhecer
Autora: Lisa Kleypas

Número de Páginas: 256
Série: Os Hathaways #2

Editora: Arqueiro
Compre: Amazon

Estrelas: ★★★★★ + ♥
Sinopse: O cigano Kev Merripen é apaixonado pela bela e bem-educada Win Hathaway desde que a família dela o salvou da morte e o acolheu, quando era apenas um menino. Com o tempo, Kev se tornou um homem forte e atraente, mas ainda se recusa a assumir seus sentimentos por medo de que sua origem obscura e seus instintos selvagens prejudiquem a delicada Win. Ela tem a saúde fragilizada desde que contraiu escarlatina, num surto que varreu a cidade. Sua única chance de recuperação é ir à França, para um tratamento com o famoso e bem-sucedido Dr. Harrow. Enquanto Win está fora, Kev se dedica a coordenar os trabalhos de reconstrução da propriedade da família, em Hampshire, transformando-se num respeitável administrador, mas também num homem ainda mais contido e severo. Anos depois, Win retorna, restabelecida, mais bonita do que nunca...e acompanhada por seu médico, um cavalheiro sedutor que demonstra um óbvio interesse por ela e desperta o ciúme arrebatado de Kev. Será que Win conseguirá enxergar por baixo da couraça de Kev o homem que um dia conheceu e tanto admirou? E será que o teimoso cigano terá coragem de confrontar um perigoso segredo do passado para não perder a mulher da sua vida?

No livro anterior nós já conhecemos os dois personagens principais dessa história, mas aqui nos aproximaremos ainda mais deles. Kev Merripen é um cigano que foi resgatado ainda criança pela família Hathaway, sua origem é sofrida, mas Kev aprendeu a amar e se tornou menos arredio com o passar dos anos junto a família de ingleses. Mesmo assim ele sabia que era diferente de todos aquelas pessoas. Ele ansiava pela liberdade dos ciganos e não ficar dentro de roupas chiques. Mas, além da gratidão pela família, outra coisa  o fez querer permanecer naquele casa durante anos: Win Hathaway.

Win é uma garota pequena e magra que após pegar Escalartina, uma doença que quase a matou, permaneceu com os pulmões fracos. A garota sempre teve um apresso especial por Merripen. Mas, ele jamais admitiria seus sentimentos por Win primeiro por ser cigano, afinal sua querida Win poderia sofrer por seus hábitos selvagens e depois pela fraqueza de Win, passando a tratá-la com uma invalida.

Mas Win quer ficar bem. Então resolve ir para França onde um famoso tratamento com o Dr Harrow funcionou com outras diversas jovens. Junto com Leo, Win vai para lá onde passa anos tentando se recuperar. Enquanto isso Merripen permanece junto ao resto da família em Hampshire, coordenando junto a Cam a propriedade. Transformando-a em um verdadeiro sucesso.

Quando Win volta curada, os sentimentos entre os dois afloram ainda mais intensamente. Porém Merripen insiste em sua crença de que não fará Win feliz e a afasta de todos os modos possíveis. No entanto junto com a mocinha, o médico que a tratou veio junto e pretende cortejá-la. O ciumes pode deixar Kev cego. A jornada de Win e Kev é grande, pois do mesmo jeito que ela está disposta a lutar contra todos preconceitos e amá-lo, do outro lado ele quer afastá-la a qualquer custo pois se acha incapaz de amar.

A história também narra sobre os outros irmãos e o incrível amor fraternal entre eles. A autora me tocou muito com essa história, se tornou uma das favoritas de fevereiro (essa resenha vai ao ar em abril). O passado de Kev era misterioso até então, mas a autora o abordou de modo incrível, não deixando nada sem explicação e mostrando como os traumas de infância dele estão influenciando na vida adulta dele.

Não vou falar muito mais, pois posso acabar soltando um spoiler, mas simplesmente me apaixonei por essa história. Intensa e real. Ainda melhor que o primeiro livro da série.

Nome: Profundezas
Autora: Tricia Rayburn

Número de Páginas: 336
Série: Sereia 3

Editora: Verus
Compre: Amazon

Estrelas: ★★★
Sinopse: Um ano depois dos acontecimentos que mataram sua irmã e transformaram Vanessa em sereia, ela tenta desesperadamente manter sua família unida e retomar a vida “normal”. Mas, não importa quantas vezes mergulhe ou quanta água salgada beba, Vanessa se sente cada vez mais fraca. Ela não tem ideia de como viver na condição de sereia e não quer mais ter que lidar com sua recém-descoberta identidade. É tudo assustador demais. De volta a Winter Harbor para passar o verão, as lembranças do ex-namorado, Simon, estão em toda parte. Vanessa o ama e faria tudo para que o relacionamento desse certo. Mas como pode pedir que ele a aceite de volta, se ela é uma criatura que só trará mais problemas a ele? E como Simon poderá amá-la quando descobrir a terrível verdade: que, para permanecer viva, Vanessa precisa satisfazer seus desejos de sereia, não importando quem saia machucado? Arrepiante e ao mesmo tempo romântico, Profundezas explora questões de identidade tão antigas quanto o mar e encerra de maneira apaixonante a trilogia Sereia.

Sinceramente, já adianto que esse livro foi bem decepcionante. 

A história começa um ano após tudo o que aconteceu no primeiro livro, Vanessa e sua família tentam fazer tudo parecer normal, mas isso se mostra cada vez mais impossível. É verão e eles vão para Winter Harbor, mas decidem vender a velha casa e compram uma próxima ao mar. Vanessa mergulha todos os dias na água, bebe litro de água salgada mas mesmo assim a cada dia que passa ela se sente mais fraca.

No último livro o seu relacionamento com Simon não acabou bem, e na cidade tudo a faz relembrar dele. Ela quer fazer seu relacionamento dar certo, mas como conciliar o amor com sua nova identidade? Ainda mais depois descobrir que é um tipo especial de sereia. Ela quer Simon, mas sabe que o fará sofrer pois para sua sobrevivência precisa, no mínimo, flertar com homens. Charlotte, mãe biológica de Vanessa, ganha espaço da trama, o que explicou o mínimo sobre o futuro de Vanessa.

Mortes voltam a acontecer na cidade. Dessa vez fora do mar e garotas morre. Mas, depois de achar uma câmera e começar a receber emails Vanessa, Paige, Caleb e Simon descobrem que alguém está recriando a morte dos homens de um ano antes, exatamente na mesma data. Isso foi o mais decepcionante pois parece que a autora estava sem ideias e simplesmente resolveu refazer os passos dos primeiros livros em uma nova visão. 

Além disso, sabemos que as vilãs anteriores não podem está vivas, então a autora criou novos vilões. Que sinceramente eu desconfiei desde o começo e se mostrou um tanto louco. Não gostei do fechamento da história e não me prendeu tanto quanto o primeiro livro. O livro parece que faltou explicação, principalmente quanto a condição de Vanessa como sereia e quanto aos homens. Por isso dei três estrelas. 

Apesar de ter adorado o começo dessa trilogia o final foi de longe decepcionante e deixou a desejar. Acho que todo leitor esperava um final cheio de reviravoltas e mistério, certamente não foi isso que aconteceu. Uma das coisas poucas que eu gostei foi que Jaqueline, mãe de criação da Vanessa, mostrou muito mais personalidade e descobrimos muito mais sobre seus sentimentos nesse livro.

Mas, essa foi resenha. Deixe aí nos comentários o que você achou desse livro.

Nome: Desejo à meia-noite
Autora: Lisa Kleypas

Número de Páginas: 272
Série: Os Hathaways 1

Editora: Arqueiro
Compre: Amazon

Estrelas: ★★★★★ 
Sinopse: Após sofrer uma decepção amorosa, Amelia Hathaway perdeu as esperanças de se casar. Desde a morte dos pais, ela se dedica exclusivamente a cuidar dos quatro irmãos – uma tarefa nada fácil, sobretudo porque Leo, o mais velho, anda desperdiçando dinheiro com mulheres, jogos e bebida. Certa noite, quando sai em busca de Leo pelos redutos boêmios de Londres, Amelia conhece Cam Rohan. Meio cigano, meio irlandês, Rohan é um homem difícil de se definir e, embora tenha ficado muito rico, nunca se acostumou com a vida na sociedade londrina. Apesar de não conseguirem esconder a imediata atração que sentem, Rohan e Amelia ficam aliviados com a perspectiva de nunca mais se encontrarem. Mas parece que o destino já traçou outros planos. Quando se muda com a família para a propriedade recém-herdada em Hampshire, Amelia acredita que esse pode ser o início de uma vida melhor para os Hathaways. Mas não faz ideia de quantas dificuldades estão a sua espera. E a maior delas é o reencontro com o sedutor Rohan, que parece determinado a ajudá-la a resolver seus problemas. Agora a independente Amelia se verá dividida entre o orgulho e seus sentimentos. Será que Rohan, um cigano que preza sua liberdade acima de tudo, estará disposto a abrir mão de suas raízes e se curvar à maior instituição de todos os tempos: o casamento?

Neste noite ela conhece Cam Rohan, o que mais me surpreendeu na história, pois ele é um mestiço, meio cigano e meio irlandês. Os ciganos, até hoje são discriminados, mas naquela época ainda mais. E ser um mestiço era pior ainda pois você seria discriminado tanto pelos ciganos, quanto pela sociedade. Os dois sentem um atração imediata, mas o foco de Amelia é encontrar o irmão. No último momento Cam rouba um beijo dela, mas espera nunca mais vê-la.

Mas, obviamente, isso não acontece. Amelia decide mudar com a família para a propriedade recém-herdada em Hampshire, principalmente por causa de Leo que não sai da libertinagem. A casa está caindo aos pedaços, mas eles fazem de tudo para torná-la apresentável. O destino vai surpreendê-los quando Amelia, indo a propriedade vizinha avisar que estavam instalados ali, encontra Cam.

Cam se mostra confiável e quer  ajudar Amelia e sua família. Mas os dois tem que passar por conflitos internos: ele, sempre quis a liberdade de dormir sobre o céu e ao ar livre, ela pelo preconceito da sociedade imposto as pessoas ciganas. 

É um romance emociante. Eu simplesmente fiquei apaixonada pelo contexto da história, pois nunca li nenhum romance de época, ou nenhum outro livro, que abordasse os ciganos. É uma cultura bem diferente que autora expôs muito bem. Não tive como não dá cinco estrelas, apesar de não ter favoritado.