Olá, corujas!
O que temos para hoje é resenha de um livro com uma protagonista que causou polêmica e despertou a aversão das pessoas, a não tão querida e menos ainda amada Eadlyn Schreave. Vamos a resenha:
Autora: Kiera Cass
Número de Páginas: 361
Editora: Seguinte
Estrelas: * * * * (4 de 5)
Sinopse: No quarto volume da série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, descubra o que vem depois do “felizes para sempre”. Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.
Durante três livros acompanhamos America Singer e Maxon
Schreave, 20 anos se passaram e agora eles governam Illéa juntos, são uma
família grande e feliz. Ou pelo menos tentam ser, pois os problemas em Illéa não
param de crescer. A abolição das castas deveria tornam tudo melhor, as pessoas
não precisariam se preocupar com rótulos ou serem limitadas por eles, porém não
foi o que aconteceu. Rebeliões começam a surgir de todos os lados, o povo está
descontente. Do amor de Maxon e America nasceram Ohen, X e os gêmeos Ahen e Eadlyn. Eadlyn Schreave é a herdeira ao trono, por apenas sete minutos de
diferença foi ela quem herdou a coroa. Ela sente um profundo ódio
desses míseros sete minutos, que colocaram o peso de uma nação sobre suas costas e o
fardo de uma coroa sobre sua cabeça.
Com rebeliões surgindo de todos os lados
Maxon não sabe mais o que fazer, então ele tem a ideia de criar uma nova
seleção. É perfeito! Eadlyan precisa mesmo arranjar alguém para governar ao seu
lado, afinal, em breve ela assumirá o trono, e uma Seleção seria a distração perfeita. A ideia seria perfeita se não fosse pelo fato de Eadlyan abominá-la. A
futura rainha é uma mulher independente e que preza muito por sua liberdade, a
última coisa que ela quer são 35 estranhos invadindo seu lar. Mas o fardo da
coroa tem exaurido seu amado pai, é visível que ele não governará por muito
mais tempo. Se aturar 35 estranhos é o que ela precisa fazer para aliviar o
pai, ela fará.
Bem, muita gente odiou a Eadlyn. Não vi nenhum comentário mais ameno sobre ela, todos a condenaram. A Eadlyn já aceita entrar na Seleção com uma lista de
atitudes que farão os Selecionados desistirem (de verdade, ela tem uma lista).
É incrível como ela parece sempre fazer tudo errado na Seleção, tudo o que ela
faz tem repercussão negativa. Eadlyn é fria e distante. Mas calma lá! Tudo tem
um motivo. Ela foi educada para ser uma rainha, uma mulher forte, independente,
poderosa. E por isso ela mantém todo mundo afastado, Eadlyn acredita que permitir
que alguém se aproxime e conheça como ela realmente é seja uma fraqueza. Por
isso ela sempre afasta todo mundo sendo arrogante e soberba. Eadlyn não é
piedosa, não importa em quantas cabeças ela precise pisar para chegar onde ela
quer, ela pisará sem pensar duas vezes. É por isso que a Seleção não dá muito certo
no começo. Ninguém quer ver uma rainha impiedosa, todos querem ver uma princesa
apaixonada, e até ela perceber isso muitas coisas já aconteceram. Apesar de ser
como ela é, Eadlyn é uma pessoa sensível, dói para ela saber que até seus
irmãos a veem como alguém egoísta e ruim. Não odiei a Eadlyn, acho que é o
jeito dela, ela não percebe o quão ruim ela está sendo até a Seleção.
Em certo
sentido a Seleção dela é parecida com a dos pais. A America só ficou pela
comida e a Eadlyn só aceitou fazer a Seleção pelo pai, assim como a mãe, ela não deu
importância a Seleção, mas depois isso muda.
Ao ir conhecendo os garotos Eadlyn percebe que manter as
pessoas por perto não é fraqueza, é força. Mesmo contra sua vontade e embora
ela relute em assumir para si mesma, ela fica cada vez mais envolvida. Achei bem
legal acompanhar o crescimento pessoal da personagem.
Uma coisa que os pais da Eadlyn sempre ressaltam é que todo mundo quer ver a princesa apaixonada, e com os leitores também é assim. Eu vibrei toda vez que ela se envolveu mais intimamente com alguém. Uma coisa que eu adorei é que nesse quarto livro nós temos notícias de personagens dos livros anteriores. A Marlee mora no castelo junto com a família real e ela teve filhos, que Eadlyn meio que odeia, o filho da Marlee acaba indo parar na Seleção, misteriosamente por sinal. Nesse livro acabamos sabendo que houve uma morte na família da America, que me deixou bem triste por sinal.
O final do livro tem uns acontecimentos e umas revelações que te deixam ansioso para o próximo. Eu amei o livro, como os outros, e adorei a Eadlyn também (não a odeiem, ela é um pouco mimada sim, mas ela é a princesa. A realidade dela é diferente, ela cresceu assim). Aguardo ansiosamente A Coroa.
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