Resenha: Tudo e Todas As Coisas, de Nicola Yoon

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Olá, corujas!

A resenha de hoje é de um livro que fez um mega sucesso quando lançou. No insta, estava todo mundo postando fotos maravilhosas dele e fazendo comentários super positivos, então eu tive que comprar, claro. Confiram a resenha de Tudoe Todas As Coisas

Resultado de imagem para tudo e todas as coisasNome: Tudo e Todas As Coisas
Autora: Nicola Yoon
Número de Páginas: 300
Editora: Novo Conceito
Estrelas:  
Sinopse: Madeline Whittier é alérgica ao mundo exterior. É tão alérgica que nunca saiu de casa em seus 18 anos. Ainda assim, ela vive feliz e em paz com a rotina: livros, internet e jogos à noite com a mãe. Até que um garoto de olhos azuis como o oceano se muda para a casa ao lado.
De repente, Maddy está ciente de que há vida além dos raios solares que deslizam por suas persianas. E quanto mais ela se vê separada do mundo exterior, mais ela quer explorá-lo.

Madeline tem uma doença muito rara chamada IDGC, Imunodeficiência Combinada Grave, o que torna a imunidade dela muito baixa e a torna muito sensível a fatores externos. Madeline nunca respirou o ar do exterior, nunca pisou na grama, nunca sentiu a chuva, nunca foi à escola, nunca beijou ninguém. Em 18 anos de vida o mundo dela se resume à sua casa de ar estéril e cores brancas. As únicas pessoas com quem Madeline se relaciona são sua mãe, sua enfermeira e os professores que ela vê pelo Skype e que a visitam raramente. É uma vida limitada, muito limitada. Madeline sabe disso e ela não liga, ela é feliz com a vida que tem. Ela ama sua enfermeira, e sua mãe e elas a amam.

Lendo livros, jogando Imagem & Ação Em Nome do Outro e Fonética com sua mãe e fazendo seu dever de casa, é assim que Madeline passa seu tempo, e para ela está perfeito desse jeito. Até o dia que os novos vizinhos se mudam e ela conhece Olly. O menino chama sua atenção assim que ela põe os olhos nele. Olly é alto, magro com alguns músculos e está sempre usando preto. Ela passa a espionar a casa e anotar a rotina de toda a família. Certo dia, Olly vai até a casa de Madeleine levar um bolo que a mãe mandou. A mãe dela Madeleine rejeita, o bolo pode estar contaminado, nada pode entrar na casa sem passar pelo purificador de ar. Depois que a mãe recusa o bolo, Olly pergunta se Madeleine pode levar ele e a irmã para conhecer a vizinhança. Madeleine mal pode acreditar no que acaba de ouvir. Alguns dias depois, Olly faz contato com ela através da janela do quarto, eles trocam email e a partir daí começa a surgir uma amizade que vai se transformando em paixão. Ou talvez... Madeleine tenha se apaixonado por Olly quando o viu pela primeira vez, ela não sabe ao certo.
Tudo é um risco. Não fazer nada é um risco. A decisão é sua.
Clichê. Mas adorável.

A Madeleine passa a maior parte do tempo dela lendo, ela diz querer encontrar o sentido da vida nos livros. O amor e o carinho que a mãe dela tem por ela são surpreendentes. Eu achei a personagem muito corajosa, ela é inspiradora. A vida dela é terrível, imaginem viver a vida inteira olhando o mundo pela janela, vendo as pessoas fazerem coisas que você não pode fazer. Apesar disso ela não é depressiva, muito pelo contrário, ela é super alegre e animada. A Madeleine faz as mesmas coisas sempre, sempre e sempre e nunca se cansa disso. Eu já teria enlouquecido, mesmo não sabendo como é fazer outras coisas.
Amor.
O amor torna as pessoas loucas.
A perda do amor torna as pessoas loucas.
Madeleine só começa a desejar fazer outras coisas quando ela conhece o Olly. Eles começam a trocar e-mails e a vontade de se ver só cresce. Ela acaba convencendo a Carla, a enfermeira, a deixar ele entrar para uma visita sem que a mãe saiba. Várias visitas acontecem e eles tem que ficar um em cada canto do cômodo. Eles são adolescentes cheios de hormônios então é claro que isso não acontece. Quanto mais nossa frágil protagonista tem, mais ela quer.
Eu era feliz antes de conhecê-lo. Mas agora estou viva e isso não é a mesma coisa.
Olly, Olly, Olly. A propósito, o nome dele é Oliver. Eu adoro ele, e acho esse apelido ridículo. Oliver é engraçado e paciente com ela, mostra a ela o mundo que ela não pode ver. A Madeleine começa a cometer umas loucuras por causa dele. O pai do Oliver é um bêbado agressivo, ele se embebeda e agride a mulher. Adivinhem quem é o protetor? Sim! Sim! Oliver, meu gentleman. Certo dia, os ânimos estão exaltados e o Oliver luta com o pai, infelizmente o pai consegue jogar ele no chão e começa a bater muito nele. Quem corre até lá para gritar “Pare” dramaticamente? Sim! Sim! Nossa corajosa mocinha Madeleine, que não tem medo de morrer. Quem quase morre do coração? Não, não é a Madeleine. É a mãe dela que tem que arrastar ela de volta. A loucura número dois acontece quando Madeleine resolve que prefere morrer a continuar a viver seu palíndromo (palíndromo é uma frase que se lida de trás para frente tem o mesmo sentido de quando lida do jeito certo). É aí que muitas coisas acontecem e a história toma um rumo bem diferente.
Na minha cabeça, eu sei que já estive apaixonado antes, mas não senti nada. Estar apaixonado por você é melhor do que a primeira vez. Sinto como se fosse a primeira vez, a última vez e a única vez, tudo ao mesmo tempo.
Eu estava esperando um rumo diferente na história, confesso. Por isso fiquei surpresa com o desfecho, mas amei totalmente. A escrita da autora é muito boa, li em poucas horas (sim! HORAS). Recomendo o livro, não é do tipo que se torna um favorito mas a leitura é bem legal. E a capa é linda.

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