Resenha: Proibido, Tabitha Suzuma [Escrita e Vídeo]
Olá, Corujas!
Nome: Proibido
Autora: Tabhita Suzuma
Número de Páginas: xxx
Editora: Valentina
Estrelas: * * * * * (5 de 5)
Sinopse: Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis. Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes. Eles são irmão e irmã. Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.
Nós ainda podemos nos amar. (...) Não há lei nem limites para sentimentos. Nós podemos nos amar tanto e tão profundamente quanto quisermos. E ninguém, Maya, ninguém vai poder jamais tirar isso de nós.
Maya e Lochie não tiveram uma vida normal. O pai deles fugiu
com outra mulher há anos. A mãe se afundou na bebida e acha que ainda é uma
adolescente. Maya e Lochie tem que assumir os papeis de pai e mãe da casa e
cuidar dos três irmãos mais novos. Além de estudarem tem que fazer tudo para os
menores: dar banho, dar comida, brincar, ajudar no dever de casa, aturar as
crises adolescentes de um dos irmãos, levar a escola e ainda ter uma fachada de
família feliz para que a assistência social não descubra nada e os separe.
Maya tem 16 anos e Lochie 17 anos. Por nascerem apenas com
13 meses de diferença os dois eram amigos inseparáveis na infância e com a fuga
do pai pegaram a responsabilidade da casa para si mesmos. Toda essa carga é
muito grande para dois adolescentes. Maya ainda consegue ter amigos, mas Lochie
tem crises de pânico ao tentar falar com outra pessoa que não seja da sua
família.
Com tudo isso os dois acabam desenvolvendo um outro tipo de
amor e se apaixonam. Sim. Incesto. Eles mantêm o relacionamento conturbado e
proibido escondido de todos e ao mesmo tempo tentam manter a ordem na casa.
De repente, eu sei; é porque tudo está tão lindo, tão maravilhoso, de uma perfeição tão divina – e ainda assim não pode durar, eu quero preservar esse momento para o resto da minha vida.
É um livro totalmente diferente de qualquer um que eu já tenha
lido ou visto pelo mercado literário. O jeito que a autora aborda um tema
extremamente delicado é espetacular. Por mais que você sinta nojo do
relacionamento entre irmãos acaba torcendo pelo de Lochie e Maya. Além do final
tomar um rumo totalmente (totalmente mesmo) inesperado.
O livro te faz pensar sobre os preconceitos e as regras
impostas pela sociedade (não que eu seja a favor do incesto, fique claro) e de
como pessoas sofrem por não poderem amar livremente. É o tipo de livro que te
marca e merece não cinco, mas mil estrelas. Quero muito ler outras obras da
autora;
Para quem prefere resenha em vídeo:
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