Olá, corujas!
E lá vamos nós para mais uma resenha das desventuras dos jovens Baudelaire. Bem, o terceiro livro de uma série já é suficiente para identificarmos o padrão que os próximos livros seguirão. Aqui há claramente um padrão, até um tanto cansativo. Os órfãos encontram um novo tutor, o conde Olaf aparece na história, eles tentam mostrar ao tutor que aquele é Olaf disfarçado, ele comete um assassinato, os órfãos tentam provar que ele é culpado e quando conseguem Olaf foge. Mas enfim, vamos a resenha que eu tenho notícias promissoras.
Autor: Lemony Snicket
Número de Páginas: 184
Editora: Seguinte
Estrelas: ★★★★
Sinopse: O misterioso autor das Desventuras em Série não só alcançou a lista de best-sellers infanto-juvenis do New York Times, como conseguiu entrar em todas as outras principais referências de vendagem americanas. Com sua estranha franqueza, na contracapa deste livro ele manda um recado a seus possíveis leitores: 'Se você ainda não leu nada sobre os órfãos Baudelaire, é preciso que antes mesmo de começar a primeira frase deste livro fique sabendo o seguinte: Violet, Klaus e Sunny são legais e superinteligentes, mas a vida deles, lamento dizer, está repleta de má sorte e infelicidade. Todas as histórias sobre essas três crianças são uma tristeza e uma verdadeira desgraça, e a que você tem nas mãos talvez seja a pior de todas. Se você não tem estômago para engolir uma história que inclui um furacão, uma invenção para sinalizar pedidos de socorro, sanguessugas famintas, caldo frio de pepinos, um horrendo vilão e uma boneca chamada Perfeita Fortuna, é provável que se desespere ao ler este livro. Continuarei a registrar essas histórias trágicas, pois é o que sei fazer. Cabe a você, no entanto, decidir se verdadeiramente será capaz de suportar esta história de horrores'. Respeitosamente. Lemony Snicket
Para Beatrice -
Preferiria que você estivesse viva e com saúde.
A nova tutora dos Baudelaire é a tia Josephine, uma viúva apaixonada por gramática e que tem medo de tudo, literalmente. Cuidado com o capacho, você pode tropeçar e quebrar o pescoço. Não use o telefone, você pode ser eletrocutado. Não toque nas maçanetas, elas podem se partir em vários pedaços e acertar um olho. Não vamos usar o fogão, ele pode explodir. (Sim, ela realmente disse todas essas coisas) A ironia da coisa é que a tia Josephine mora no cume de um morro íngreme e o Lago Lacrimoso está logo abaixo, a casa é precariamente fixa ao morro, como se ela pudesse vir a baixo a qualquer momento. Ela tem uma mania bem chata e irritante: corrigir a gramática alheia o tempo todo, e muitas vezes nem faz diferença.
Como sempre, os Baudelaire estão apreensivos com seu novo tutor e se não fosse o medo da tia Josephine por tudo, ela teria gostado de verdade dos órfãos e eles dela. Apesar disso eles acabamcom um carinho muito grande por ela. Ao contrário de mim. Oh God! Ela tem tanto medo de tudo que acaba nem ligando para a segurança dos Baudelaire, é uma covarde. Se coloca sempre em primeiro lugar e nem liga para as crianças. Fiquei bem indignada.
Quando a tia desaparece deixando um bilhete suicida muito suspeito, cheio de erros ortográficos -coisa que ela nunca faria - e ainda deixando a guarda das crianças para o capitão Sham, ou melhor, o vilão conde Olaf, as crianças precisarão de tempo para decifrar o bilhete, salvar a tia onde quer que ela esteja e se livrar de Olaf.
No final o conde Olaf diz que entre todas as acusações feitas sobre ele também podem incluir incêndio criminoso (não que alguém tenha prestado atenção a isso...). Eu fiquei: AGORA VAAI, SOCIEDADE!! Mal posso esperar para chegar a parte das conspirações, estou ansiosa para saber mais sobre o misterioso olho.
O terceiro livro foi o que mais me lembrou do filme, estou achando que a história está melhorando mesmo. Esse livro eu li bem rapidinho, em algumas horas, os outros são do mesmo tamanho e demorei dias. Talvez eu esteja finalmente me habituando a essa leitura (VIVA!!). Dessa vez eu reparei melhor como esse livro pinga sarcasmo, às vezes isso até me preocupa um pouco. Por ser um livro destinado inicialmente ao público infantil o fato do autor tratar questões como roubo e outras ações perigosas com sarcasmo me deixa aflita. Só espero que nenhum pai deixe o filho pequeno ler isso. Para o bem da nação.
O final desse livro me deixou bem contente, ele teve uma parte reflexiva. Foi quando os Baudelaire finalmente perceberam que não importa a infelicidade a qual eles sejam submetidos pela vida, eles sempre terão uns aos outros e isso basta para eles sobreviverem. Achei muito fofo. Esse certamente, foi o melhor dos três livros.
Aguardando ansiosamente o início da parte que conta as conspirações...